terça-feira, maio 15, 2007

Quinze anos

Foi há 15 anos o pior dia da minha vida.
O falecimento do meu avô materno.
Há coisas que ninguém consegue explicar e a nossa afinidade começou por volta dos meus 6 meses, embora estivesse muito pouco tempo com ele, ele era "o meu avô".
Um exemplo de vida, de tolerância. Nele encontro os valores que quero que um dia os meus filhos tenham.
Ele tinha grandes planos, ver as netas com curso, casadas, com filhos e aos 67 anos tudo isso foi-lhe negado.
Um ano antes da sua morte disse: "Mas quem é que tem uma neta como eu?..."
Assisti a essa manifestação de amor e menos de um ano depois ele já cá não estava.
Não se importava de partilhar a neta com os "compadres", com a irmã com quem fosse.
"Hoje podias dormir na casa da tua tia que está sempre sozinha", "Se quiseres passar mais tempo com os teus avós eu compreendo", um dia disse: "Claro que não tenho ciúmes, sempre soube o que gostavas de mim".
Passou-se uma década e meia e as palavras recordo-as como se fosse hoje.

3 comentários:

Camy disse...

É muito triste ver quem muito amamos partir. 3 meses depois de casar tambem perdi a minha avo e a coisa que mais queria era ser bisavo e não foi possivel. Fiz questão de casar no dia do seu 75 aniversário.
Um beijo

Camy

Anónimo disse...

O tempo não consegue apagar tudo mas tb há recordações tão boas que servem de referência nas nossas vidas e essas nunca devemos esquecer.

Um grande beijinho,
Inês

Cresce barriguita...cresce!!! disse...

linda, o tempo nao cura mas ensinanos a viver com a dor da partida dos que amamos!!!
Beijinhos docinhos