Pois é como dizia noutro post a melhor prenda do maridinho estava para vir.
Isto para maluco, maluco e meio e foi assim que se realizou um sonho antigo.
No dia 14 ele virou-se para mim e disse que eu precisava no fds de andar com roupa desportiva, elástico para o cabelo e era preciso que não chovesse ... nem estivesse vento.
Ora pensei, pensei e ainda perguntei: vai haver um cesto? Ao que me respondeu: queres jogar basket?
Achei melhor não insistir mas pareceu-me que a prenda seria uma destas: andar de balão, saltar de pára-quedas, andar de asa-delta... Metia voo, só aí eu justificava o "vento".
No domingo às 15 lá íamos a caminho da Maia (que eu já tinha pesquisado e visto que tinha aerodromo). Sim eu sou assim mesmo, se me dizem que vão fazer uma surpresa eu tento logo saber o que é... se não me dizem... bem se não dizem, ele sabe que algo corre mal porque me chateio por ele ter reacções "estranhas". Fico com a sensação de que quando sou surpreendida ele pensa: "tanta confusão, da próxima não faço nada".
Mas desta vez fui bem mais pacífica, apesar de ter andado a cuscar, lol.
Chegados ao aerodromo "quem é que vai saltar?". Oui c´est moi.
Tive um treinozito, o tempo estava uma bela porcaria e o piloto achava que não ia dar para fazer o salto. O meu instrutor estava confiante que dava, e no fim lá houve uma aberta mesmo por cima do local onde tínhamos de saltar.
Saltámos de 3km e os primeiros 1.5 foram em queda livre, não tem nada a ver com os sonhos em que acordamos a pensar que saltámos...
A realidade é bem mais interessante, é mesmo desespero "aiiii agora", ficamos como nos desenhos animados com vontade de voltar para o avião...
Depois de duas piruetas em que o instrutor que estava colado nas minhas costas me apareceu à frente, e que em vez de ver terra vi a asa do avião, lá começámos a descer em queda livre.
Aí tive um pequeno problema técnico, podem tentar fazer isto "em carro", 200km/hora, abrir a janela meter a cabeça de fora e tentar respirar... Pois eu fiquei aflita, mas num instante deixámos de descer em queda livre.
Lá se abriu o pára-quedas e é de facto espectacular, ver tudo à nossa volta, e o desenho minúsculo do que temos a nossos pés.
Depois o instrutor passou-me as guias do pára-quedas para eu ter noção de como se vira para um lado e para o outro e ainda não tinha tido tempo para apreciar tudo quando ele me diz: agora é a minha vez porque temos de simular a aproximação à pista.
Jáaaaaaaaaaaa????
Pois, é verdade verdadinha: leva-se imenso tempo a subir, mas num instante estamos cá em baixo.
Aterrámos muito bem, mesmo de frente para o camara-man. Sim, sim, está gravado para a posteridade... isto ainda vai ser visto pelos nossos netos.
Há 5 anos surpreendeu-me com 30 rosas recebidas em Lisboa, desta vez um salto destes. O moço continua a surpreender-me, só não me surpreende tanto que o faça. "A gente" ganha-lhe o gosto num instante.
E mimos, quem não gosta?
Pronto continuo com os meus 34 anos e 371 dias..., mas com mais um sonho realizado :)