quarta-feira, julho 30, 2008

Regresso das férias

E eis que aqui estou de novo.
Depois do negativo tive duas semanas infernais no trabalho, e duas semanas de férias.
E o que temos nós?
Tive duas semanas para descansar, não mexer uma palha e até deu para arejar as ideias.
É curioso como duas semanas de papo para o ar a seguir à transferência não me deixaram assim, o nosso cérebro é uma coisa fantástica e com o stress todo não nos revitaliza mesmo com "sopas e descanso".
Na segunda-feira o meu marido foi ao médico de família e colei-me à consulta.
Pedi ao médico duas coisas:
- atestados para adopção
- credencial para o S. João. Em Setembro vou ao Sto António para saber se me deixam ou não fazer mais um tratamento, mas ainda que deixem será o último. Ora como temos de nos prevenir de eventuais contratempos queria ir adiantando a inscrição no S. João.
Pois bem, ficou de passar os atestados, mas não passa a credencial.
Passará depois de me darem alta do Sto António e mediante relatório médico, aí sim reencaminhará o meu caso para outro estabelecimento.
Eu até percebo a postura dele... mas não fiquei contente. Ainda fiz o choradinho de que o S. João está a marcar as consultas para Maio, quase um ano... mas nem assim.
Vamos aguardar, mas com o trabalho que tenho até ao final do ano o tempo deve passar no instante, embora neste momento me faça confusão estar apenas a um mês do negativo e a dois da próxima consulta.

sexta-feira, julho 11, 2008

O José nasceu

E pela terceira semana consecutiva temos o nascimento de mais um bebé.
O José da Alexandra nasceu depois de uma gravidez muito atribulada.
Parabéns aos papás e que agora tudo seja mais tranquilo.

domingo, julho 06, 2008

Uma semana depois do negativo

Tal como previsto voltei ao trabalho no dia 30, e tanto trabalhito para fazer.
Estava consciente que as duas semanas de trabalho antes de férias iam ser complicadas, mas esqueci o factor humano, e como as pessoas podem ser complicadas e dar cabo de toda a nossa organização.
Uma semana que passou a correr.
Apercebi-me que não estou a fazer o luto.
É bom termos muito trabalho, e foi vital no período de Fevereiro a Abril, mas neste momento precisava de "enterrar a dor".
Não quero que ela surja um dia sem avisar a dizer: não trataste de mim e por isso aqui estou eu.
Com a consulta marcada para 29 de Setembro, não sei quando irei fazer novo tratamento.
Por um lado já deu para perceber que no Sto António todos os casos passam por avaliação da equipa médica. Cheguei a esta conclusão neste tratamento.
A médica foi ver o que ficou decidido a 29 de Fevereiro, portanto houve mesmo reunião. E depois apercebi-me que o motivo pelo qual em Agosto do ano passado me falaram em operação, foi porque isso tinha sido decidido numa reunião que eu não sabia que tinha existido.
Portanto vamos a ver o que decidem desta vez, mas quanto a isso estou relativamente calma. Se nos deixam fazer 3 tratamentos (desde que haja punção), então ainda terei direito a mais um. Até porque neste tratamento fui até à transferência, e portanto podemos considerar um tratamento completo.
Continuo a sentir que ando a saltar barreiras, e eu que sempre gostei de correr fundo, mas sem obstáculos...sou pequenita e saltar não é o meu forte, nem mesmo quando era ao "elástico".
Mas esta corrida já teve várias fases:
  • naturalmente não resultou;
  • com dufine não resultou;
  • 1ª ICSI hiperestimulei
  • 2ª ICSI graças à operação já não hiperestimulei e fui até à punção, mas óvulos imaturos
  • 3ª ICSI conseguimos alguns óvulos maduros, houve fecundação, um foi transferido, faltou o positivo

Sinto que estou cada vez mais perto do meu bebé, mas também sou suficientemente realista para saber que o próximo tratamento não será tão calmo. Será o último no Sto António, e a palavra "último" tem o condão de ser stressante.

Consegui alcançar um estado de espírito e uma paz que nunca pensei ser possível. Só fiquei ligeiramente nervosa antes da punção, e antes da beta. Na véspera da beta lá fiz o teste que deu negativo, isso trouxe-me um pouco de volta à realidade. Sei que podia ser um falso positivo, mas também sei que o fiz no 14º dia da punção, mais tarde que muita gente faz a beta. Não fiquei mais stressada por causa disso, mas ajudou-me a pensar que apesar do meu estado de espírito deveria preparar-me para todos os resultados.

Nesse mesmo dia à noite, o meu marido disse-me: mas tens a consciência que pode ser negativo? E foi aí que lhe revelei que tinha feito o teste, que sabia que o "veredicto" podia ser negativo, mas que naquele momento não queria pensar no assunto.

Quem me conhece sabe que gosto sempre de saber com o que conto, e mesmo quando tenho de tomar grandes decisões pondero sempre todos os aspectos. A minha mãe gozava comigo: estás a fazer um balanço, mas aposto que no final a decisão vai ser só tua. E eu: claro, apenas preciso de falar alto para ver se o que eu penso faz ou não sentido... Já o meu bisavô dizia: não devemos fazer contas porque saem sempre furadas. Mas, eu faço contas de somar e subtrair... calculo todos os lados da questão.

Neste tratamento soube 2 coisas no dia da punção e uma no dia da transferência. Primeiro que tenho um quisto no ovário direito e líquido na trompa direita, e depois soube que tenho o útero retrovertido. As duas podem ser passageiras, e a 3ª não é impeditivo de gravidez, principalmente recorrendo a PMA, mas fiquei a pensar: seja qual for o resultado vou questionar a médica.

Ora bem... eu nem consulta tive, por isso questões terão de esperar por setembro.

Por outro lado tinha pensado: se tiver positivo vou logo marcar consulta de endocrinologia e reumatologia, para ser seguida logo de início...

Ora com este resultado houve mudança de planos: vamos isso sim dar início ao processo de adopção, que deveria ter começado a 29 de Maio, mas com um novo tratamento à vista resolvemos aguardar.

Em paralelo e como temos de pedir ao médico de família os atestados para adopção iremos pedir uma credencial para o S. João. Na melhor das hipóteses apenas poderei fazer mais um tratamento no Sto. António e vamos fazendo vez na lista do S. João.

sexta-feira, julho 04, 2008

Aquela que traz a felicidade - Beatriz

Os lanches no Porto são muito produtivos, de cada vez que há um alguém aparece grávida: )))
Do lanche de Setembro resultaram 3 grávidas: A Cláudia que já teve as suas pinkies, e Alexandra que está quase-quase e a Lara que já teve a sua Beatriz.
Foi assim que recebi a notícia:
"Em latim o meu nome significa "Aquela que traz a felicidade". E foi assim que eu cheguei à vida dos meus papás pelas 15.07 com 3170g e 49cm. A mamã está a recuperar e o papá super-babado".
Estou aqui a pensar que apesar de ter falado em lancharmos em Julho talvez seja melhor aguardarmos por Setembro, e assim aproveitarmos para conhecer os novos elementos desta nossa família.
São estas histórias com final feliz que nos fazem acreditar que a nossa está a ser escrita algures.