quarta-feira, dezembro 30, 2009

Adeus 2009 olá 2010

Este ano foi o ano-quase.

A minha vida transformou-se uma montanha-russa em que quase tudo aconteceu, quer de coisas boas quer de coisas más.

Comecei o ano cansada, e com a suspeita de leucemia, felizmente tal não veio a verificar-se, e soube no dia dos meus anos que em princípio não seria o caso.
Depois tive quase um tratamento bom, um tratamento em que não havia ponta por onde se pegasse, mas que veio a ser melhor do que qualquer um feito até então, mas foi quase um bom tratamento.
Mais tarde e no final deste tratamento a empresa do marido quase-fechou, e uma série de dores de cabeça surgiram cá por casa.

Se é bom que alguns destes quases não se tenham verificado, por outro lado o stress esteve sempre presente e esperava deste ano alguma calma que não consegui encontrar.

Votos para 2010, os de sempre e que já tardam em chegar, mas acima de tudo saúde, paz, esperança e um pouco de sorte que também por vezes é o ingrediente que nos falta.

As mini-férias

As minhas mini-férias foram fantásticas, sobrinhei imenso, especialmente com a sobrinha que está a ficar uma mulherzinha.
Matei saudades da família toda e foi uma semana bem preenchida.

Consegui ainda conhecer a minha mais recente afilhada, mulher dum amigo de longa data.
Foi um final de tarde bem passado, a conversa correu como se todos nos conhecessemos desde sempre.
O tema principal foi a infertilidade, mas conseguimos falar de tudo um pouco.

Entretanto cheguei a casa e tinha uma linda carta, gostei tanto como se fosse um lindo presente com um fantástico laçarote: tenho consulta dia 04 de fevereiro em Gaia.
A perspectiva que vou deixar de estar parada foi de facto um belo presente, e fez-me acreditar que o novo ano será um bom ano.

E é tudo, agora vamos esperar que 2010 seja a realização das promessas que tanto queremos.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Mais dois anos

Ao responder a uma mensagem no fórum dei conta que faz hoje dois anos que dei entrada no hospital para fazer o drilling.

Recordo a esperança de voltar passados meses para ter ali o meu bebé.
Dois anos, sem bebé, sem a mesma esperança ou ingenuidade “agora com o drilling vou engravidar espontaneamente”.
Tal não aconteceu, nem espontaneamente, nem com 4 ICSI´s.

Ao fim de 4 anos de consultas deram-me alta, sem que a mesma fosse porque sou mãe.

Recordo que quando me marcaram o drilling pensei: ando a tentar há dois anos sem rede, e só agora vou conseguir reunir as condições para fazer tudo direitinho… Mas mais dois anos já se passaram sem o desejado sucesso.

Qual a matéria que nos faz acreditar? Que nos leva a dar mais um passo, a acreditar que agora noutro local será diferente?
Não faço a mínima ideia, mas acredito que o próximo ano vai ser determinante para toda esta longa espera.

Este fds fui sobrinhar, e tenho mesmo jeito para a coisa.
Quer com a sobrinha de oito anos, quer com o sobrinho de 4 meses as coisas saem com uma naturalidade que penso que fui desenhada para ser mãe, por isso é esperar mais um pouco.