terça-feira, março 16, 2010

O antes e o depois

Quem me conhece bem sabe como tenho dificuldade em orientar-me em espaços novos… ok ok em velhos também. É assim algo que me caracteriza.

Ao fim de 5 anos no Porto eis que já consigo ter alguma autonomia e liberdade de movimentos, o que me deixa muito feliz.

No outro dia no entanto comecei a pensar na minha terra, nos tempos em que a Avenida de Sintra ia de Cascais a Sintra, e tanta coisa mudou que há bem pouco tempo mais parecia uma manta de retalhos. Nada no entanto que o aparecimento da A16 não tivesse acabado, e agora não me entendo por aquelas bandas.

Depois dei por mim a pensar nas coisas que mudaram desde que vim para o Porto.

A praça de touros que foi deitada a baixo e agora visto "do espaço parece uma cratera.



O Estoril-Sol que foi deitado a baixo porque era um edifício feio, e agora está a ser construído uma bela obra de arte para alojar os pobrezinhos…

E até o hospital mudou de sítio.
E foi por causa do hospital que decidi escrever.
Um hospital é um espaço que dificilmente nos deixa boas recordações, e este em concreto marcou-me: fui buscar a mana (no dia em que deixei de ser filha única…ups não era isto), foi onde morreu o meu avô preferido, foi onde estive uma semana internada e dei início às lides hospitalares.
Mas sempre o vi como um porto de abrigo, apesar de ter dormido em corredores e de ter visto alguma negligência por falta de condições, mas no dia 01 quando vi o seu encerramento não consegui evitar algum saudosismo.


E depois dei por mim a pensar: qualquer dia não conheço o local onde vivi tanto tempo, já me ando a perder, e aqueles edifícios referência estão a desaparecer e é difícil não sentir que estou a perder parte da história.