Ao fim de 5 anos no Porto eis que já consigo ter alguma autonomia e liberdade de movimentos, o que me deixa muito feliz.
No outro dia no entanto comecei a pensar na minha terra, nos tempos em que a Avenida de Sintra ia de Cascais a Sintra, e tanta coisa mudou que há bem pouco tempo mais parecia uma manta de retalhos. Nada no entanto que o aparecimento da A16 não tivesse acabado, e agora não me entendo por aquelas bandas.
Depois dei por mim a pensar nas coisas que mudaram desde que vim para o Porto.
A praça de touros que foi deitada a baixo e agora visto "do espaço parece uma cratera.
O Estoril-Sol que foi deitado a baixo porque era um edifício feio, e agora está a ser construído uma bela obra de arte para alojar os pobrezinhos…
E até o hospital mudou de sítio.
E foi por causa do hospital que decidi escrever.
Um hospital é um espaço que dificilmente nos deixa boas recordações, e este em concreto marcou-me: fui buscar a mana (no dia em que deixei de ser filha única…ups não era isto), foi onde morreu o meu avô preferido, foi onde estive uma semana internada e dei início às lides hospitalares.
Mas sempre o vi como um porto de abrigo, apesar de ter dormido em corredores e de ter visto alguma negligência por falta de condições, mas no dia 01 quando vi o seu encerramento não consegui evitar algum saudosismo.
E depois dei por mim a pensar: qualquer dia não conheço o local onde vivi tanto tempo, já me ando a perder, e aqueles edifícios referência estão a desaparecer e é difícil não sentir que estou a perder parte da história.
3 comentários:
Angela desculpe entrar aqui para perguntar isso para vc, sou a anitasobreira do sait apf, eu esqueci a minha senha oque eu devo fazer, se vc poder me ajudar eu agradeço.o meu imail e ronaldo_sobreira2005@hotmail.com
A verdade é que o Mundo gira a uma velocidade vertiginosa...
Também já me aconteceu ir a um local conhecido e sentir que nada resta do passado...enfim, a vida é isto mesmo.
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